"Quando nos deparamos com algo que possui uma metamorfose declarada, como a do camaleão ou a da lagarta, ficamos a esperar o vislumbre que vem com aquele ato. Ao iniciar uma leitura sempre pensamos que algo tão revelador irá acontecer. Foi assim que me senti enquanto lia A outra praia, do escritor argentino Gustavo Nielsen.
Os diálogos iniciais que não são, digamos, esclarecedores, fazem com que nos portemos de maneira diferente na poltrona. Gustavo Nielsen ilude-nos com sua narrativa muito bem arquitetada. É um escritor que se utiliza de flashbacks como poucos. Tal método pode ser tido como algo recorrente em romances de suspense, mas nem todos têm a capacidade de nos fazer exclamar ‘Eu não acredito!’"
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